Ódio contra ódio. Sem sutileza...
Não há sutileza. Há ódio, e muito ódio, contaminando os dois lados do espectro político. O Brasil foi transformado em uma arena do "Nós Contra Eles". Se há golpistas de um lado, de outro há tiranos com ego inflado, amparados pela fraqueza e submissão de um Congresso refém de seus próprios erros.
Se há traidores de um lado, de outro há os que subvertem a ordem democrática, reinterpretando a Constituição e sequestrando o monopólio da defesa de uma democracia capenga, violentada por prisões ilegais e por censura à liberdade de opinião.
Um lado prega o caos; o outro, sem a necessária contenção, mistura o sistema de justiça com política e toma lado, reforçando o impasse do "Nós Contra Eles".
O que esperar de um País onde os políticos e os magistrados estão em guerra? Ninguém quer falar em paz. A conciliação, tão necessária, foi literalmente descartada.
O que esperar do futuro? É difícil, penoso imaginar. Responder é ser muito provavelmente considerado terrorista ou acusado de atentar contra uma "democracia" que os donos do poder controlam e seus aliados fingem que vigora num país literalmente sob velada censura.
ASSUNTOS: Brasil, censura, ditadura à brasileira, nó contra eles, sistema de justiça, traidores

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.